Áhh os quadrinhos... Como são importantes ao longo das nossas vidas... Quem vai esquecer um dia da briguenta Mônica, ou do sonhador Calvin com seu fiel escudeiro e inseparável amigo imaginário Haroldo, ou ainda do bruto Hagar, que mesmo com todo aquele jeitão já nos fez rir muito? Os quadrinhos nos acompanham de pequenos, quando estamos apenas descobrindo o sabor das palavras até quando nos tornamos adultos, lendo um jornal. Eles estão em todo lugar e têm as mais variadas formas e temáticas.
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The Yellow Kid - Primeiro HQ |
Ao final do século XIX imprensa buscava novos métodos de comunicação de massa e assim, no início do século XX surgiram as HQs. Como precursores do ramo dos quadrinhos temos Rudolph Töpffer, Wilhelm Bush, Georges Colomb e o brasileiro Angelo Agostini, mas só em 1896 é que Outcalt, com The Yellow Kid, aliou o desenho ao balão de fala. Os temas até a crise de 29 eram sobre travessuras (kid strips, animal strips, family strips...), mas a partir dessa data o gênero da aventura também entrou na pauta com, Flash Gordon do Alex Raymond. Em 1960 as HQs passam a ter abordagens críticas, e hoje permeiam todos os temas, com uma grande liberdade para brincar com eles.
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Mafalda |
Um grande exemplo de como uma HQ pode ter repercussão política e social é Mafalda,(personagem do cartunista argentino Quino) de seis anos de idade, que odeia sopa, escuta The Beatles e questiona tudo que pode deixar o mundo enfermo em sua opinião. Mafalda dialoga com os mais variados tipos humanos, representados na tira por outras crianças: Susanita – que só pensa em casar, ter filhos e uma boa imagem social, Manolito – que só pensa em vender, lucrar e se dar bem no armazém do seu pai, Filipe – que vive em seu universo, e se questiona sobre suas responsabilidades, Liberdade – pequena menina que gosta da vida simples, Miguelito – amigo de Mafalda que nunca entende o que ela fala, levando seus conselhos ao pé da letra, Guille – irmão caçula da protagonista, muito esperto para sua idade, Papá – pai de Mafalda que trabalha com seguros e gosta de cuidar das plantas da casa, e Mamã – dona de casa vista pela filha como medíocre por não se interessar por assuntos que não sejam os domésticos. De forma lúdica Quino nos mostra diversos segmentos sociais em suas tirinhas, questionando atos da humanidade.
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Calvin e Haroldo |
Em suma, as HQs podem assumir diferentes formas e abordar temas adversos, mas sempre serão uma forma, simples e bem humorada de enxergar a realidade vivida pelo autor e sua sociedade.
Um comentário:
Massa esse POST!!!
É triste que quando foi se traduzir para o Português, passaram a se chamar Calvin & Haroldo... Pois na versão original seria Calvin & Hobbes, o que o autor dos personagens explicitou um contato entre Calvino e Thomas Hobbes(o que seria muito mirabolante). Beijão, Olga!
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