Andei tanto de ônibus esses dias. Sério. Ou vai ver eu só estava mais concentrada no caminho do que de costume...
Sei lá, tem tanta coisa que passa batida, e que merecia mais atenção. Quero conseguir acordar cedo amanhã, quero andar mais na minha cidade, descobri-la melhor.
O sono sempre vence meus planos matutinos, não tem jeito... Não acredito muito na realização desse, para amanhã, mas não custa botar o despertador (que será deligado e eu nem vou lembrar quando acordar que fui eu mesma que o fiz). Eu acho que o meu eu subconsciente anda jogando num time rival do meu eu consciente viu, porque num é possível: todos os dias o despertador aparece desligado e eu não tenho nem a lembrança de que fui eu. E sim, só pode ter sido eu mesma.
O grande dia pra mim seria uma madrugada em que eu estivesse invisível, e pudesse sair de casa numa camisola branca, na altura dos joelhos, e que tivesse vento soprando meus cabelos para trás... Andaria por vários bairros, veria muitas casas, prédios, pessoas, árvores... Sentiria o vento, como não se faz de dia, por toda a pressa e correria urbana.
Sabe que eu descobri hoje que andar de dia, com um picolé de morango do lado, fones de ouvido e nenhum horário a cumprir, nenhum trabalho pra entregar, ninguém pra ligar... pode ser uma das melhores coisas da vida?
Acho que é por ai, quando as coisas não tão muito numa boa, temos que procurar as pequenas delícias da vida, se não tudo vira limão!