sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ano vai...

    Em pequena retrospectiva o ano teve muitas coisas boas, e uma porrada (literalmente) de coisas ruins. No fim das contas a gente aprende, com tudo!
    2011 foi bem longo e finalmente está acabando. Foi um ano de muitas coisas novas na vida, mudanças, escolhas, rumos (ou não-rumos, talvez melhor dizendo).


Clube da Esquina

    Esse último post, que não ia nem acontecer, e vem em versão mini, está aqui só pra dizer que eu tô bem, sobrevivi ao ano! Se o apocalipse era em 2012 o meu veio antecipado, mas tá tudo certo! Continuo com meus amigos lindos sempre do meu lado, com o meu mais fiel escudeiro Timtim - o bichon frisé mais fofo de todos, uma família doidinha mas que no fundo tem um coração de ouro, e um amor que me faz aprender coisas novas todos os dias através das nossas diferenças.
   
   

    No fim das contas tudo se acerta, e nada é por acaso. Feliz Ano Novo pra vocês, e muitas, muitas muitas alegrias na virada e no ano que está pra chegar!

sábado, 24 de dezembro de 2011

O Natal de Kunst

    O dia de hoje começou bom desde ontem.
    Sempre gostei do Natal, de ver a família grande reunida, mesmo que sem todo aquele "amor natural" que a gente vê nas fotos bonitas, eu continuo gostando do Natal e desses encontros. Sem falar na grande fofoca que acontece no outro dia, sobre como foi a festa!
    Pra mim o Natal é mais um estado de espírito, que gera boas energias do que qualquer outra coisa.
    O Natal também me faz ter chance de cozinhar muito junto com as outras pessoas da minha casa. Adoro cozinhar, e quando há uma pequena farra na cozinha a coisa é mais divertida ainda!
    Por fim, e não menos importante, vem a roupa nova planejada para esse dia, a maquiagem, o bom banho depois de passar a tarde fazendo salada de bacalhau ou fritando bolinhos de bacalhau (também).
    Todos prontos? Vamos aos presentes e aos abraços. Mas logo, porque rapidinho tudo (pessoas, comidas e animação) têm que seguir para a casa da tia, onde mora a matriarca (101 Natais não é pouco e nem para qualquer um)!
    Bem, e depois de tudo isso (resumidinho) sobre o meu Natal e do que penso sobre ele, só me resta desejar uma boa noite do 24 e um bom almoço do 25 para todos vocês que estão lendo, para todos os meus amigos queridos e para todos os meus amores (que também são amigos, é claro!)
    Um Abraço, com o espírito leve,


O. Kunst!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

balanço desabafado


Malévola e sua floresta de espinhos

    acho as pessoas incríveis. e acho que eu devo ser mais incrível ainda por acreditar nelas. acho um monte de coisas, e digo poucas. antes nãe era assim, mudei com o tempo. me pergunto se só pensar resolve. termino achando que não. mas falar não muda quase nada também. resultado: a solução é fazer. aprender e fazer as coisas direito; sem contar com as costas de ninguém para que a sua vida siga.
    tem horas que é chato, horrível, complicado, punk (...)?! sim. mas foi assim que eu aprendi. o que você quer na vida, você que faça. tem horas que eu me sinto correndo três maratonas dentro do meu próprio cérebro na busca das soluções para a vida. termino pensando em vários assuntos; tem horas que eu até demoro com a solução por me distrair com alguma outra gaveta-mental. mas no fim as coisas estão todas ali. cada uma no seu cantinho esperando para serem usadas em conjunto.
    o ano está no fim, enfim! logo as coisas vão cair novamente na minha cabeça. e outra vez, só eu poderei tirá-las dos ombros. (ainda bem!!).


Aurora
    nesse fim de ano refleti muito sobre algo que eu escuto do meu pai. ele sempre fala do nosso coração. falo no singular porque tanto o meu quanto o dele são quase o mesmo. acho que o velho tem razão. somos amáveis, mas não bobos pai. as vezes não gosto de me ver assim, mas é isso, e provavelmente sempre será. a única dica aos outros possíveis corações, deste tipo, que estiverem lendo isto aqui é: cuidado com a redoma que criarão para proteger esse lugar bonito, que mesmo meio mal-tratado, será sempre bonito. cuidado com os espinhos que você deixará que se formem ao redor dele.




bom fim de 2011 para todos!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Théorie pour la mort d'une génisse

       Tava aqui na maior bobeira, tipo olhando através da tela do computador... Sabe quando você tá pensando em tudo e nada ao mesmo tempo?
       Tem gente na sala, tem falatório, tudo isso entra e sai da minha percepção mas não dou bola, afinal estou muito imersa em alguma coisa, que, sabe deus lá o que é, quando escuto a voz da minha avó, vindo lá da sala... E ela diz a seguinte frase pra alguém que participa de sua conversa: "Tá pensando na morte da bezerra é?"
       Sim vó, exatamente isso, ando nos últimos dias tão cheia de pensamentos que eu acho que todos eles estão convergindo na tal Morte da Bezerra, viu!
       Enfim, depois dessa frase, que não foi pra mim, mas caiu como uma luva, volto aos trabalhos e tento deixar as divagações mentais de lado...
      









juízo, cadê?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PARADISE NOW!


Produção palestina, 2005, de Hany Abu-Assad, com Kais Nashef e Ali Suliman (respectivamente: Said e Khaled)


Kais Nashef

CENA FINAL/CLÍMAX 

   Dentro de um ônibus lotado, tanto por civis quanto por militares fardados, está Said, sentado ao fundo, com um olhar fixo no em direção ao nada. A câmera vai com um zoom in em direção a ele, tomando-o em: um plano médio, depois um close-up, logo um close-up extremo e por fim pára num plano detalhe que enquadra apenas os olhos e as sobrancelhas de Said. Os olhos verdes de Said estão tão cheios de sentimento que nada nos dizem por linguagem que possa ser transcrita. Aqueles olhos penetram tão fundo o espectador que incomodam, não há como estar indiferente; eles suscitam reflexões sobre a condição (des) humana daquela população, que prefere a morte a viver como prisioneiros de um regime tirano, sangrento e opressor.
   O olhar de Said dá voltas no cérebro de quem o observa; são olhos inquietos dentro de uma enorme quietude-apática, são olhos de quem acha que sua vida não resolverá questão nenhuma, mas que sua morte trará, ao menos, repercussão para sua causa. Olhos inertes que gritam!

Só escolhemos a amargura quando a alternativa é ainda mais amarga. – trecho de diálogo retirado do filme


 PARTICULARIDADES EM FOCO 

   Ausência de Música Não-Diegética e o Silêncio do Personagem Principal – Durante todo o filme prestei especial atenção ao som, por ter uma característica peculiar e marcante. Ruídos diegéticos e falas se fizeram constantemente presentes, mas já músicas não-diegéticas não aparecem em momento nenhum, durante os 88 minutos. Logo no início da película consigo ouvir, muito misturado a barulhos ambientes, o som de um rádio, na oficina mecânica, que toca algo ruidoso. O segundo “momento musical” se dá quando o próprio Said põe uma fitinha de Suha para tocar enquanto conversa com Khaled no alto de um morro. A música pode ter vários significados, dependendo de seu ritmo e do contexto em que é inserida, mas nesse caso vejo uma opção do diretor junto ao sound designer de optar pelo extremamente real. A ausência dessa solução narrativa, que, muitas vezes, guia a percepção dos espectadores, significa que nada distrairá o público e que este deve sozinho, perceber o filme, de maneira natural. A música poderia tirá-los da interação com aquela realidade constantemente tensa e divergente de grande parte dos espectadores. 
 Said é um espelho de vários jovens que habitam a região, e seu silêncio esmagador, sua falta de vontade de ser ouvido e de formular soluções para a situação em que se encontra seu país, é transmitida através da sua não-voz. Said se expressa por gestos e expressões, e no fim através de explosivos.
“- O que acontece depois? - Dois anjos virão buscá-los– pergunta de Said à Jamal no caminho para a fronteira.

   Figurino como Alterador da Ordem Natural – O figurino é simples e natural durante o quase todo o filme. Achei interessante pontuar que ao prepararem-se para o grande plano de ataque, os jovens passam por transformações de ordem externas também. O terno, a falta de barba e os cabelos quase raspados, denotam tais mudanças. Em vários momentos do filme podemos perceber a influência do figurino no comportamento/reação dos personagens que interagem com os jovens e que não sabem quem são eles, ou o que estão fazendo.

Ali Suliman
   A exemplo disso, ao ver Said de terno, barbeado e sem os cabelos cacheados, seu chefe o pergunta “Problemas? Porque o terno?”, o motorista de taxi tece comentários a respeito da formalidade da vestimenta do rapaz e a mãe de Khaled pergunta se Said iria se casar. O ponto de maior significação, no entanto, do figurino se dá quando Suha percebe que os dois não podem estar vestidos da mesma maneira (maneira essa que os tornava parecidos com os israelenses) à toa.



domingo, 2 de outubro de 2011

Olá, Outubro!

       Faz tempo que eu não passo e escrevo aqui. Faz tanto tempo, que eu já nem sei por onde começo... A vida vai tão frenética, que as coisas que podem estar no segundo plano vão se pendurando nos pregos das paredes da vida, e ficando por lá mesmo, com preguiça de voltar.
       Bom, mas já que estou aqui, despendurando o blog, preciso dizer que a vida vai bem, cheia, inovadora, e talvez até assustadora em certos momentos, mas no geral: vai bem! Corrida, é verdade, mas as vezes me pergunto o que seria dela se andasse devagar... Nunca saberei, a vida não se sujeita a tais testes, mesmo que se tente, mas de fato a rapidez me move, e isso é bom.
       Parando para pensar um pouco, tenho postado muita coisa aqui sobre emoções, e algumas idéias. Preciso voltar a anotar mais sobre as persepções! Urgente! Esta semana andei criativa, e como literalmente eu ando pela cidade, e na maior parte do tempo meus caminhos são percorridos sem companhia, bolei várias e várias cenas-mentais. Todas absolutamente desconexas de qualquer projeto real ou em andamento. Todas tinham muito o que render sonoramente falando... Preciso anotar, tenho que recolocar meu caderninho na bolsa!
       Agora já é muito tarde, ou na verdade é tarde porque preciso acordar cedo e seguir a minha vida-adulta enfadonha dos diabos amanhã bem cedo... Mas, também acho que devo dormir, porque do contrário vou começar a lembrar de tudo que não fiz e que tá pendurado, lá naqueles preguinhos da vida.
       Bom, mas é fato: essa semana ainda, postarei por aqui, coisas mais consistentes que rondam a minha cabeça. Quem sabe o belo, quem sabe o cego... Quem sabe, os dois.



Abs, Kunst


domingo, 11 de setembro de 2011

their

baleia§
domingo. nublado. pós-kantianos; belosfeios. kid abelha. cigarros¨ suassuana; fácildotorto. expessoas. desejos. alma&verde

domingo, 28 de agosto de 2011

azeitonas verdes, verdes!

Nunca gostei muito de azeitonas verdes, das roxas eu sempre gostei, mas com as verdes mantive uma relação eterna de amor e ódio. Gostava e odiava elas ao mesmo tempo. Hoje sem fome mas com vontade de beliscar decidi olhar a geladeira: pra beber um copinho de leite de soja e pra comer?! Eis que vejo aquele potinho comprido com bolotas verdes e bonitinhas dentro, e então estava decidido! Azeitonas! Não vão encher a barriga e vou ter o que roer por uns minutos! Feliz da vida, segui com exatas 7 delas para o quarto... E dessa vez a supresa foi de fato inacreditável! Superando o fato de que as vezes faço careta com o gosto da conserva que elas ficam embebidas dessa vez minha careta foi pior. As azeitonas verdes estavam VERDES! Super duras e com um gosto mais travoso que o normal... Tristemente resolvi comer as azeitonas mesmo assim, afinal de contas elas já estão aqui do lado, né? Só posso dizer uma coisa sobre essa, literalmente, dura supresa, hoje o ódio às pelotitas verdes venceu, disso não tenho dúvidas...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Longe de longe

  
       Recife anda tão frio, tão sóbrio, tão... não-recife. Talvez o que ande muito não-comum seja a minha vida... Mas ainda não parei pra pensar muito a respeito... E nem acho que o vá!
       Pensar deixa a gente tenso, em algumas circunstâncias, claro.
       Andei com tanta coisa guardada pra desaguar aqui, e agora que paro e escrevo elas simplesmente não saem. Sinto como se minhas mãos tentassem agarrar memórias e registros que permeiam meu cérebro, mas tudo o que se alcança é líquido, e se desfaz!
       Bem, a primeira coisa, a qual me ocorro agora, aconteceu nem faz tanto tempo... Provavelmente, essa tenha sido uma nota mental feita mais ou menos uma hora atrás... É bem verdade que a madrugada produz esse efeito em mim, mas, voltando ao assunto, andei pensando como as coisas mudam e nos pregam verdadeiras peças! Como podemos planejar tanto e tantas coisas e perdê-las de maneira tão imbecil?
       Retornar nunca será missão fácil. Voltar em lembranças pode ser até doloroso fisicamente... É como se abríssemos antigos buracos na pele, rasgando, invadindo um espaço que outrora já fora fechado, mesmo que a muito custo.
      "Como será daqui pra frente?" - Acho que esse ano me ensinou muito, e talvez ignorar essa pergunta do "pra frente" tenha sido a maior dica apreendida! O longe nunca será perto o suficiente para que o toquemos e o modelemos da maneira que imaginamos correta, confortável ou ideal. A vida, nada mais é do que, caminhos sinuosos que se perpassam por outros, formando uma enorme rede de afluentes no grande fluxo do Longe.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

não há

já não se pode viver tudo, já não está tudo claro.
o lugar fora está.
lá, bem na maré - mar.
confusão, tormenta, redemoinho...
tudo que se quer, tudo que se é: oceano infindo de alusões, ilusões e ilustrações...

terça-feira, 5 de julho de 2011

CARALHO VOADOR

mais uma noite no pacato apartamento velho e mofado de Emma:

não costumo ser agressiva escrevendo, até porque julgo que a arte de escrever deve passar por um filtro de cores bonitas antes de ser mostrado... mas não acho que essa constante deva estar sempre presente... acho que podemos deturpá-la quando necessário...
sabe quando sua mão gela, gela muito, e é de raiva? não sabia o que era isso, mas ando tão a flor da pele, como diria a música, que acho que descobri hoje!
a coisa, você se pergunta, o que terá sido? nada de realmente importante... e o pior é isto.
acho que essa raiva eu devo mesmo é sentir de mim mesma, por ser assim... ou talvez por ser assado, vai saber!
a vida já não vai linda, uma merda a mais uma merda a menos... eu sobreviverei!
é, eu sobreviverei... acho que esse ano vai ser o ano de aprender, tipo pra cacete viu, porque olhe eu já tomei tantas que o que vem agora, embrulho num papel de enrolar pregos, trituro e passa pela traquéia.
acho que o melhor a fazer hoje, é tomar um bom vinho, pensar como Buk e apagar!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Açúcar Granulado Fino É Diferente

     Andei tanto de ônibus esses dias. Sério. Ou vai ver eu só estava mais concentrada no caminho do que de costume...
     Sei lá, tem tanta coisa que passa batida, e que merecia mais atenção. Quero conseguir acordar cedo amanhã, quero andar mais na minha cidade, descobri-la melhor.
     O sono sempre vence meus planos matutinos, não tem jeito... Não acredito muito na realização desse, para amanhã, mas não custa botar o despertador (que será deligado e eu nem vou lembrar quando acordar que fui eu mesma que o fiz). Eu acho que o meu eu subconsciente anda jogando num time rival do meu eu consciente viu, porque num é possível: todos os dias o despertador aparece desligado e eu não tenho nem a lembrança de que fui eu. E sim, só pode ter sido eu mesma.
     O grande dia pra mim seria uma madrugada em que eu estivesse invisível, e pudesse sair de casa numa camisola branca, na altura dos joelhos, e que tivesse vento soprando meus cabelos para trás... Andaria por vários bairros, veria muitas casas, prédios, pessoas, árvores... Sentiria o vento, como não se faz de dia, por toda a pressa e correria urbana.
     Sabe que eu descobri hoje que andar de dia, com um picolé de morango do lado, fones de ouvido e nenhum horário a cumprir, nenhum trabalho pra entregar, ninguém pra ligar... pode ser uma das melhores coisas da vida?
     Acho que é por ai, quando as coisas não tão muito numa boa, temos que procurar as pequenas delícias da vida, se não tudo vira limão!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Morangos no Silvestre

Desde de pequena ela sonhava com um pé de morangos.



Agora ela já era grande, tinha seu próprio apartamento, mas continuava em dívida com seu sonho de infância... Morangos para vingarem necessitam de muito sol direto e terra úmida. Alice vivia num grande escuro-encharcado, o que atrapalhava seus planos com relação aos morangos (tão sonhados!).

Numa manhã cinza e de muita pressa, seu elevador, que era apenas um, resolveu demorar tempo demais a chegar no andar dela, levando Alice a uma verdadeira crise de nervos matinal (estes tempos matutinos não a agradavam em absoluto).

Finalmente quando a nossa heroína consegue sair de seu andar e chegar ao térreo do prédio, percebe que alguém está a mudar-se para o Edifício Silvestre... Pensou em quem se mudaria tão cedo, e seguiu descrente para o trabalho.

Ao voltar de sua jornada enfadonha, entrou no elevador (o qual havia sofrido boa parte do dia com o peso da recente mudança) e no instante final do fechamento de sua porta, alguém apertou o botão. Era um rapaz, magro, com óculos grandes, cabelos lisos caídos destraidamente no olho esquerdo que carregava uma plantinha de flores brancas.

Alice logo lembrou-se do sonho dos morangos, e resolveu comentar que gostaria de ter plantas, aliás, corrigiu, plantas não, um pé de morangos. Explicou que era seu sonho desde criança, mas que nunca havia de fato persistido nele. O rapaz então deu-lhe a grande notícia do dia, ou melhor, do mês (quem sabe até, da vida inteira de Alice): Ali estava um belo e pequenino pé de morangos! Porque sim, apesar da cor de suas flores, pés de morango têm flores brancas...

E esse foi o dia em que a vida de Alice recebeu seu sonho direto do elevador velho de seu prédio quadrado.
 A partir disso, seu apartamento agora recebia luz do sol com mais intensidade e o 'molhado excessivo' entrou em desuso na vida dela. E quase destraidamente tambpem,foi assim que Octávio entrou em sua vida.

domingo, 22 de maio de 2011

Igreja Adventista... do Reino de Olga!


Símbolo da Igreja (Vai saber quem conhece né?)

       Título estranho né? Eu sei, eu sei! Mas eu explico... Sabe aquele tipo de semana que praticamente não faz diferença na sua vida? Por exemplo, se ela não tivesse existido não faria falta, mas uma vez tendo acontecido também não te trouxe nada de bom, novo, agradável... Enfim, essa semana foi bem esse estilo, e pra dar uma super fechada nela, decidi: não vou sair no fim de semana, assim é garantia de que ela continue passando sem grandes novidades (novidades essas geralmente ocorridas nas festinhas dos sábados à noite).
       Agora eu moro num bairro que é longe de quase tudo, e isso é outra coisa a ser explicada para que esse texto faça sentido; moro agora num bairro que é longe dos amigos, longe dos barzinhos e longe das festinhas. Daí você nesse momento se pergunta, "E que raios de lugar é esse, e o que essa criatura foi fazer aí?" E aí eu te digo: eu agora moro do LADO da faculdade, e não pego uma hora e vinte de ônibus, todos os dias! Simples assim.
       Sim, mas, voltando ao nosso estranho título. Dado o fato de que eu não sou nem de longe uma pessoa religiosa e que costuma frenquentar igrejas, esse título não faz muito sentido, especialmente porque hoje é sexta à noite e eu tô falando de igrejas. Mas aconteceu uma coisa cômica hoje comigo, e decidi compartilhar aqui no blog: eu e meu amigo, que é meu vizinho lógico, resolvemos nos encontrar numa pracinha que fica a meio caminho das nossas casas, sentamos num dos banquinhos, conversamos besteiras, demos risadas, ficamos com medo de uns tipos estranhos que passaram por perto, quando do nada começamos a sentir aquela coisinha fria, que começou pouquinha e de repente não parava mais: Chuva! O lugar mais próximo era um arco de uma porta que fica de frente para a pracinha. Corremos e ao chegar nesse portal, eu, meu amigo e meu cachorro (que deu um escândalo querendo passear, e foi levado junto nesse programa de índio), ficamos encolhidinhos esperando a chuva diminuir. Só então percebi que nós estávamos na porta da Igreja Adventista de num sei o que... Claro que fiz esse comentário e o Matt riu da minha cara dizendo que só eu mesma pra reparar nisso. Olha só onde eu fui parar à 1:00 da manhã de uma sexta pro sábado, ironico né?
      Acho até que ultimamente tenho reparado em muitas coisas... Só me falta aplicar essas percepções na prática do dia-a-dia (tarefa muito mais difícil do que apenas reparar nas coisas ao nosso redor).
      Hoje, devo mencionar aqui também, que aconteceu outra coisa, e essa de fato legal (sem ironias, rsrs): minha aula de francês. Sabe aqueles dias em que você nem sairia da cama se pudesse? Pronto! Quando me sinto assim em dias de francês (sextas-feiras), porque a semana foi uma droga, porque tá tudo torto na vida, e fico seriamente inclinada a dormir o resto do dia (e agora sim, eu posso fazer isso, ninguém me obriga mais a ir pra aulas! penso na minha turma... Aquelas pessoas fazem das minhas tardes de sextas uma grande terapia de grupo, onde o que a gente mais faz é rir, umas das outras. Portanto, sempre que o desânimo me faz querer faltar, lembro-me das piadas, histórias, gafes e boto uma roupa que me faça sentir bem, pego aquele ônibus que faz um caminho gigante e chego feliz na minha aulinha. Com a certeza que sairei dali revigorada das cargas da semana que vai minguando...
      Enfim, já tá super tarde e eu aqui, escrevendo um texto que amanhã de certo eu vou reler e pensar se devo ou não postar. Mas em todo caso, 03:09 já é um horário bastante avançado pra quem pretende dar uma geral no quarto, no banheiro, na sala e ainda levar o cachorro pra tomar banho na manhã seguinte. Ah e sem esquecer, das obrigações com a faculdade e do desafio, ops, digo filme, que eu loquei, que tem mais de 4 horas de duração! Ou seja, hora de ir!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

BSB º


Sinto falta do céu de Brasília. Sinto falta das retas infindas da cidade-pássaro. Sinto falta da absoluta calmaria habitual dela. Sinto falta até de me perder na mesmice de suas quadras (mesmice só para olhos não treinados, que fique claro!)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Luz de Luíza

Foto: http://www.flickr.com/photos/marianalavrado/

         Agora, completamente enrolada, na minha cama fofinha, estou. Depois de comer gulosamente, porque é nisso que dá quando a gente não come direito e fica morta de fome, estou.
       Bem, essa semana andei pensando sabe, a gente encontra tanta gente na rua, no dia-a-dia, que as vezes nem queria encontrar e justo aqueles que a gente sempre tenta ver, e nunca consegue, não esbarramos por ai... Vidinha injusta né? Também achei... Achei mais algumas outras coisas essa semana, como: Puts, tá chovendo muito! Tudo mofa, tudo molha, é um inferno quando se está há mais de 20 dias numa cidade nublada e chuvosa. Será que eu sobreviveria em Londres? (Fiquei pensando nisso, mas London é London né, eu dava meu jeito).
       Outra coisa é o meu estado civil: segundo um amigo, "...é Luíza esse ano parece que num tá pra gente, mesmo!" Assim né, não é que não tenha aparecido ninguém, mas os que apareceram ou são doidos, ou são indecisos, ou tem problemas demais... O que me levou a mais uma reflexão: o meu homem nos últimos tempos é o Habib's! Vou explicar porque, calma não se zangue comigo ainda, veja as vantagens desse "moço": ele não custa muito, eu fico aqui em casa esperando ele vir cuidar de mim, no caso da minha fome, e chega em inacreditáveis 15 minutos! Fantástico.
       Conversando com outro amigo, eu ouvi uma frase ótima, que também entra pra essa lista de 'pensamentos da semana': ele dizia, "e mulheres: nenhuma decente (nem indecentes)..." eu ri, claro, mas isso é que é uma fase ruim, porque se não tem nem as indecentes você deve estar tipo preso num templo, ou algum lugar santo de onde não se vê a rua...
       Sabem, preciso dizer que essa semana, foi dura, é tive muita coisa pra pensar, observar, engoli um monte de sapos, mas sempre vendo aquele fio de luz... Que vem de um lindo apartamento em Nova York, com varanda! Brincadeiras a parte sobrevivi a essa semana de cão, e terminei pescando dela o que ela teve de melhor e mais engraçado! Acho que é assim, que a vida deve ser, porque se for de outro jeito a gente fica doida (contas pra pagar, menstruação, casa pra arrumar, homens para aguentar...) hahaha!
       Só mais uma coisinha:
-  Ô São Pedro, dá uma trégua na chuva meu filho, teu mês ainda não chegou, beleza?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cine PE - Olhar de uma estudante de Cinema - Dias 5, 6 e Premiação

      
       Bom gente, como eu não consegui um barco pra chegar no Centro de Convenções, e Recife na verdade quase se afogou de boatos, não pude estar presente nos dois últimos dias do Festival.
      Desta maneira, postarei aqui os filmes exibidos, mas sem de fato o 'meu olhar', afinal meu olhar só via a chuva rolando na janela de casa mesmo...

DIA 5

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS METRAGENS DIGITAIS E 35 MM:

 - O Som do Tempo (CE), Digital, Documentário, Direção: Petrus Cariry, 10 min.’
 - Flash (SP), Digital, Ficção, Direção: Alison Zago, 17 min.
 - Tempestade (SP), 35 mm, Animação, Direção: César Cabral, 10 min.’
 - Falta de Ar (DF), 35 mm, Ficção, Direção: Ércio Monnerat, 20 min.’
 - Matinta (PA), 35 mm, Ficção, Direção: Fernando Segtowick, 20 min.’
 - Calma Monga, Calma (PE), 35 mm, Ficção , Direção: Petrônio de Lorena, 19 min.’

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:


 - Estamos Juntos (SP), Ficção, 35 mm, Direção: Toni Venturi, 95 min.

DIA 6
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS DIGITAIS E 35 MM:

 - Peixe Pequeno (PE), Digital, Documentário, Direção: Vincent Carelli e Altair Paixão, 03 min.”
 - O Rio e Eu (PR), Digital, Ficção, Direção: Diego Lopes e Cláudio Bitencourt, 22 min.”
 - Carreto (BA), 35 mm, Ficção, Direção: Cláudio Marques e Marília Hughes, 12 min.
 - Acercadacana (PE), 35 mm, Documentário, Direção: Felipe Peres Calheiros, 19 min.”
 - O Céu no Andar de Baixo (MG), 35 mm, Animação, Direção: Leonardo Cata Preta, 15 min.’
 - Mens Sana In Corpore Sano (PE), 35 mm, Ficção, Direção: Juliano Dornelles, 20 min.

HOMENAGEM:

Homenagem Técnica:
Vânia Debs

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:

 - Casamento Brasileiro (SP), Digital, Ficção, Direção: Fauzi Mansur, 100 min.


PREMIAÇÕES

HOMENAGENS:

Homenagem Institucional: Revista de Cinema, pelos 10 anos de edições
Homenagem Institucional: Baile Perfumado, pelos 15 anos de exibição no I Cine PE
Homenagem Política: Governador Eduardo Campos, responsável pela criação do maior programa de incentivo ao audiovisual da história de PE, considerado hoje como um dos mais expressivos do Brasil.

SOLENIDADE DE PREMIAÇÃO/ENCERRAMENTO:

MOSTRA ESPECIAL DE LONGAS-METRAGENS:

 - O Rochedo e a Estrela (PE), 35 mm, Documentário, Direção: Kátia Mesel, 85 min.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cine PE - O olhar de uma estudante de Cinema - Dia 4

       A quarta noite de Festival, começou também com um pequeno atraso, mas já acostumados com a baixa na platéia e a demora das pessoas para conseguir chegar ao Centro de Convenções, as atividades logo foram iniciadas.  Primeiramente tivemos a Mostra Competitiva de curtas-metragens Digitais:

 - Ovos de Dinossauro na Sala de Estar (PR), Documentário, Direção: Rafael Urban, 12 min. - Ragnhild Borgomanero é uma senhora de 77 anos, que junto ao marido reuniu uma das maiores coleções particulares de fósseis da América Latina. Neste curta, escutamos ela contando um pouco de sua vida, profissão e amor.

 - Traz Outro Amigo Também (RS), Ficção, Direção: Frederico Cabral, 14 min. - Para mim, o melhor curta da noite foi este, onde Samuel, detetive particular, aceita um trabalho sem saber quem deve procurar. Só depois de assinar o contrato é que lhe foi dito, que o desaparecido é o amigo imaginário de infância do Sr. Artur. Com a ajuda de seu sobrinho, Samuel embarca no mundo dos amigos imaginários, resgatando assim, não só o amigo de Seu Artur, mas um pouco de sua infância.

       Depois partimos para o Longa-metragem Digital:

 - Vamos Fazer um Brinde (RJ), Ficção, Direção: Cavi Borges e Sabrina Rosa, 70 min. -  A história se passa na noite de Ano Novo, onde um grupo de amigas se mete e resolve problemas a noite toda, brindando sempre que um conflito está solvido. O grupo inclui um amigo delas, gay, que se integra como se fosse de fato mais uma menina, e a mãe de uma delas, que sob pretexto de entregar rabanadas para a festa, vai ficando até o final.

       Com um intervalo mínimo, as pessoas saíram esticaram um pouco as pernas, e logo voltaram para ver o último curta-metragem da noite e o ultimo longa:


 - Náufragos (SP), 35 mm, Ficção, Direção: Gabriel Amaral Almeida e Matheus Rocha, 15 min. - Dona Odete, uma senhora muito velhinha e confusa acha que perdeu o marido dentro de casa,  e que não pode confiar na empregada. O curta segue ao som de uma aula de ginástica transmitida pela velha televisão de Dona Odete.

 - JMB, O Famigerado (PE), Digital, Documentário, Direção: Luci Alcântara, 105 min. -  Documentário produzido sobre o poeta Jomard Muniz de Britto, filmado por mais de um ano. Acompanha o poeta em suas andanças pela cidade do Recife.


       Sem nenhuma homenagem, a noite foi apenas dedicada aos filmes em competição.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Cine PE - O olhar de uma estudante de Cinema - Dia 3

       O terceiro dia foi complicado. Como Recife agora é uma cidade em que, ou você arruma um bote, ou não sai de casa, as atividades do Festival atrasam por mais uma hora. Com um público bastante razoável para uma semana de tantas chuvas, alagamentos e dificuldade de locomoção pela cidade, o evento começou com a exibição dos curtas-metragens digitais, e estes foram:

 - A Casa da Vó Neyde (SP), Documentário, Direção: Caio Cavechini, 20 min. - Este curta foi feito num ato de muita coragem do diretor, porque expor uma vida, uma família e estar ali presente sentindo a reação da platéia não deve ser uma coisa fácil. O curta mostra o vício do tio do diretor, em Crack, e seu dia de internamento, mixando com fotos da casa de sua avó que já havia carregado muitas alegrias, mas que hoje parecia um fardo pesado demais para uma senhora de 70 anos. 

 - As Aventuras de Paulo Bruscky (PE), Documentário, Direção: Gabriel Mascaro, 19 min. - Surpreendente e inovador! Um curta feito todo a partir do Second Life (universo digital onde são criados avatares em 3D que podem sentir, ver ou experimentar uma interação real).

       Depois assistimos ao longa-metragem digital:

 - Casa 9 (RJ), Documentário, Direção: Luiz Carlos Lacerda, 71 min. - Depois de ver este documentário, acho que todos da platéia ficaram com vontade de passar, pelo menos uma semaninha na tão agitada Casa 9. Este filme conta a história de uma casinha de uma vila no bairro do Botafogo - Rj onde vários artistas foram frequentadores assíduos. Ao longo do tempo, a casa transformou-se em pouso para vários artistas nordestinos, dentre eles, o próprio Lenine, e hoje é habitada por duas produtoras de cinema e um músico!

       Esta era a hora do pequeno intervalo, que dado o atraso inicial foi cancelado, ao que passamos às homenagens:

 - Homenagem Institucional: Revista do Cinema Brasileiro, pelos 15 anos de programas de TV - Bertini entregou a Calunga de Ouro aos representantes do Programa.


 - Homenagem Cinematográfica: Zelito Viana, por seus 45 anos de produção e direção - Seus filhos e mulher o entregaram a Calunga de Ouro. Um dos filhos de Zelito é o ator Marcos Palmeira.

 - Homenagem Artística: Chico Diaz, por sua extensa filmografia e por suas premiações prévias como ator no próprio Cine PE. Ao, querido e fantástico, Chico, a Calunga foi entregue por Sandra Bertini.

       Depois das homenagens, tivemos a mostra do curta-metragem 35 mm, chamado:

 - Fábula das Três Avós (SP), Ficção, Direção: Daniel Turini, 17 min. - Uma verdadeira super-produção, que me lembrou muito o filme Desventuras em Série. Bonita ficção,  que como fábula, passa uma mensagem para o público: escolha sempre estar perto de quem goste de verdade, e não faça esta escolha as pressas!

       E para fechar a noite, de maneira muito especial, o longa-metragem digital de Zelito Viana, que não estava em competição foi exibido:

 - Augusto Boal e o Teatro do Oprimido (RJ), Documentário, 105 min. - Belo documentário sobre a vida e obra do grande Boal e suas técnicas teatrais inovadoras! Deixou-me com vontade de ter o conhecido, pena que eu tenha vindo ao mundo só em 93, e que em 2009 (ano em que falece Augusto) eu era apenas uma menina de 16 anos, começando a andar com as próprias pernas...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cine PE - O olhar de uma estudante de Cinema - Dia 2

       No segundo dia do Festival, um domingo molhado, o público já se mostrava reduzido e as atividades mais diretas, sem tantos rodeios. Para dar início assistimos aos curtas:


Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo (RS), Digital, Animação, Direção: Rodrigo John, 7 min. - Esta animação mostra o inferno que uma grande cidade contemporânea pode ser, e como nós cada vez nos preocupamos menos em sair desta situação; fechando os olhos, tapando os ouvidos, ficando quietos...


Tempo de Criança (RJ), Digital, Ficção, Direção: Wagner Novais, 12 min. - Apesar de ser um curta ficcional, e mostrar um universo do qual não me sinto de fato parte, tenho certeza que o que o diretor nos faz ver é realidade para muitas crianças e mães. As mães têm que sair para trabalhar e as crianças mais velhas são forçadas a crescer e, mesmo que por apenas algumas horas, tornam-se "mães", adultas...


Braxília (DF), 35 mm, Documentário, Direção: Danyella Proença, 17 min. - Minha relação com a Cidade Brasília é antiga, afinal desde os 8 anos de idade eu passo férias por lá. Devo confessar, que quando mais nova não aguentava a linearidade brasiliense, 'cadê os puxadinhos, ruelas e becos da minha Recife?', era tudo o que eu me perguntava ao chegar na SQN 116. Mas da última vez que estive em Brasília, acho que finalmente descobri sua poesia; sua dinâmica se envolveu na minha e passei a vê-la de uma maneira diferente das recordações infantis que guardava. Este curta transmite tudo o que eu senti quando o 'click' estalou na minha cabeça, e eu finalmente entendi aquela cidade, que ao longe parecia tão hostil e arisca. Lindo curta, sensível, e verdadeiro!


Cachoeira (AM), 35 mm, Ficção, Direção: Sérgio José Andrade, 13 min. - Bem este foi o curta mais difícil da noite por assim dizer. Na ficção de Sérgio Andrade, está retratado um ritual indígena realizado no alto Rio Negro, no Amazonas onde são feitas misturas alcoólicas (beberagens) e toma-se porres delas. O que acontece é que este é o caminho, irreversível e sem volta, de um ritual místico e mortal. Os jovens são encontrados depois mortos ao longo do curso do rio. O objetivo do diretor era mostrar esta história, que contém fatos reais, sem os estereótipos clássicos que vemos sendo retratados em filmes sobre indígenas.


Café Aurora (PE), 35 mm, Ficção, Direção: Pablo Polo, 19 min. - Um filme para sentir, literalmente. Este é o encontro de um jovem surdo-mudo com uma moça cega, que adorava o café que ele fazia. As locações escolhidas (Poço da Panela e Fundaj), não podiam ser melhores, e eu me senti de fato em casa!


       Depois dos curtas, quebrando o protocolo pré-estabecido que seria a feitura de uma pausa, aconteceu a Homenagem Artística à jovem e muito simpática atriz Camila Pitanga, por sua valiosa contribuição ao Cinema Nacional. A atriz recebeu a Calunga de Ouro, das mãos do próprio pai, e também ator, Antonio Pitanga. Com um belo discurso sobre filhos, carreira e orgulho, ele arrancou muitos aplausos da platéia e lágrimas dos meus olhos. Ela por sua vez, agradeceu muito o prêmio, mas frisou que ainda tem um longo caminho pela frente encerrando a homenagem.
       Depois da rápida pausa, voltamos com a Mostra competitiva dos Longas-Metragens:


Família Vende Tudo (SP), 35 mm, Ficção, Direção: Allain Fresnot, 90 min. (Lima Duarte, Vera Holtz, Caco Ciocler, Marisa Orth, Ailton Graça, Marissol Ribeiro) - Com um elenco de fazer inveja a qualquer um, o filme traz enorme caricatura da vida de pessoas que estão à margem da sociedade. A história se passa entre favelas, feiras de muambas, e shows de sertanejo/brega. O ponto de virada do filme se dá quando uma família que está em difícil situação financeira, decide que sua filha deve engravidar de um cantor famoso. O que chamou minha atenção no filme foi a metamorfose dos atores, que vestiram a camisa e se transformaram em personagens fantásticos!

domingo, 1 de maio de 2011

Cine PE - O olhar de uma estudante de Cinema - Dia 1

       Ontem o Cine PE, festival produzido e criado pelo casal Bertini, teve sua noite de gala. Além da abertura do evento, festejava-se também a comemoração de 15 anos do projeto! O teatro estava lindo, decoradíssimo, os convidados muito animados, e um público de aproximadamente 3.000 pessoas.
A noite foi de homenagens; ao fantástico e merecedor Wagner Moura por ser um dos que têm alavancado o Cinema da Retomada, e ao 'Rei Pelé'.
       Devo confessar minha insatisfação pela segunda escolha, afinal de contas, com tantas outras pessoas que foram elementos fundamentais para a desenvoltura e o crescimento de um Cinema Nacional, ter Pelé como homenageado não me agradou. No futebol acho mais do que merecida sua honorabilidade, já no cinema, não creio que ele tenha mérito para tanto. Gostaria mesmo era de ver um Mário Peixoto, ou um Humberto Mauro, recebendo homenagens de um Festival de Cinema.
Bem, mas partindo ao que de fato nos interessa, vamos falar dos filmes exibidos: Os três primeiros não participaram da mostra competitiva e foram estes:

 - Sons da Esperança (PE), 35 mm, Documentário, Direção: Zelito Viana (material promocional com duração de 10 min.) - Delicado e realista. Assim soou para mim, que me emocionei, ao ver a vontade das pessoas de mudar suas vidas através da música.

 - Cine Pelé (SP), Digital, Documentário, Direção: Evaldo Mocarzel, 60 min.

 - Uma História de Futebol - 35 mm, Ficção, Direção: Paulo Machline, 21 min. - O filme nos mostra a infância de Edson Arantes do Nascimento, contado por Dico, um dos meninos do time mirim de Bauru, e que tinha como melhor amigo Zuza - Futuro 'Rei Pelé'.

Depois de um breve intervalo, foram retomadas as atividades, com a mostra competitiva dos curtas:

 - Vou Estraçaiá (PE), Digital, Documentário, Direção: Tiago Leitão, 19 min. - Divertido documentário sobre a vida do lutador pernambucano Todo Duro e com a participação de seu "inimigo mortal" Holyfield (lutador baiano). Arrancou muitas risadas da enorme platéia!

 - Muita Calma Nessa Hora (RS), Digital, Ficção, Direção: Frederico Ruas, 8 min. - Sabe quando você vai a um restaurante e lá no fundo está sentando o pobre músico que é ignorado por todos, enquanto se esforça tocando? Pronto! Neste pequeno curta pudemos ver um momento de glória de um violonista, mesmo que para isto, ele tenha que quebrar sua viola e "meter porrada"!

 - O Contador de Filmes (PB) 35 mm, Documentário, Direção: Elinaldo Rodrigues, 15 min. - Interessante documentário sobre um apaixonado pelo cinema, que carrega uma verdadeira Cinemateca na cabeça.

 - Janela Molhada (PE), 35 mm, Documentário, Direção: Marcos Enrique Lopes, 20 min. - Confesso que ao ver este curta, me senti na aula de Cinema Brasileiro. Muito bem montado e até mesmo bastante didático, o filme nos mostra o trabalho de restauração e conservação realizado na Cinemateca. Além da linda entrevista à Adriana Falangola, que quando menina fazia aberturas/finais dos filmes de seu pai, Ugo Falangola, este junto a J.Cambieri, foram pioneiros do cinema no Recife.
 - A Casa das Horas (CE), 35 mm, Ficção, Direção: Heraldo Cavalcanti, 18 min. - Sou até um pouco suspeita para falar de um curta que tem como protagonista a atriz Nicette Bruno. Nesta pequena história vemos: solidão e o passar rápido demais do tempo. O bom roteiro nos mostra que agora brigadeiros, vêm em latas, que a Lua não é mais olhada pelos enamorados e que o cheiro das flores se perde na cidade... Retrato da nossa apressada realidade.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Telefone & São Pedro

 - Eu acho que São Pedro acha que já chegou o mês dele, e que a festa já pode começar, porque olhe vou te contar Martinha, QUANTA chuva!
 - É Deise, eu sei tá difícil mesmo... Mas fazer o que né?
 - E ai quais são teus planos pra hoje, já que tá tudo inviável e cinza?
 - Uhm... acho que vou fazer um chocolate quente e ver um filminho, e você?
 - Vou tentar ir ao banco, tenho que resolver um bocado de coisa, e acho que em dia de chuva fila de banco deve ser menor, né não?
 - É uma boa tática amiga, vai mesmo! E esse fim de semana como fica, praia? A gente planejou tanto, e agora vem essa chuva...
 - Vamo torcer pra ser só uma nuvem rapidinha, caso contrário, a gente pode subir a serra e ficar lá na casa da minha tia Muriel em Teresópolis, que achas?
 - Eu topo, aliás tô topando qualquer coisa que me faça sair um pouco da cidade e respirar ar puro!
 - Pronto, então ficamos combinadas assim! Cê vai levar o Paulinho? Como vocês estão?
 - Eh... tamos "médio", mas TAMOS, então acho que ele vai também, e você?
 - O Júlio anda meio cansadinho, acho que ele vai topar dar uma respirada desse ritmo louco da cidade...
 - Então tá certo, só falta ligar pro Mário e avisar a ele que qualquer coisa nós já armamos o Plano B!
 - Ele vai levar alguém?
 - Parece que anda de rolo com uma moça, mas nunca me disse nada oficialmente.
 - AI,  a chuva de vento quebrou um vaso aqui, deixa eu limpar isso logo, beijo amiga a gente se fala depois!

domingo, 3 de abril de 2011

noites.noites.noites

E tem aquelas madrugadas que ela só quer furar os sinas, ignorar o perigo e chegar na casa do seu amado...
Mas nem todas as madrugadas permitem loucuras, e ausências de orgulho.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ôh lá em casa!

     Olá pessoal, por esses dias tenho ficado bastante tempo em casa, o fim de semana foi tranquilo tendo saído apenas pra alguns aniversários... É acho que eu tô ficando velha, hahaha!
     Mas o negócio é o seguinte, andei pensando muito numa casinha só minha, um cantinho sossegado pra morar com a única criatura que me interessa no momento, Timtim (foto abaixo).


Meu pequeno



     Enfim, achei várias coisitas bonitas para une maison, e resolvi postar aqui, porque o blog apesar de ser voltado pra arte e coisas do tipo, funciona também como um petit diário para mim, registrando meu olhar sobre coisas da vida, e definitivamente morar sozinha e ter meu o meu cantinho se enquadra nas 'coisas da vida'. Além do que, são artigos quase de decoração de tão lindos, mas sem deixar de ser bastante funcionais!
 

Máquina de Sorvete ICE45 - Cusinart

Frigobar Brastemp Retro



Máquina de Algodão Doce da Giles&Posner

Cadeiras Giratórias 60's

Televisão Retro LG
Clássico Despertador Vermelho