quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Garrel e J.K.




"Há coisas que não se pode fazer junto sem acabar gostando um do outro..."                      J.K. Rowling

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

dias de rio // resuminho do fim de semana

     Meados de Novembro, daí você pensa: vai tá fazendo um calorzinho né, já já começa o verão carioca e tal... É nesse ponto que você já começa enganado! Pegar um avião e um trânsito enorme na linha vermelha, pós-festa de formatura e achar que vai estar tudo sob controle, também é outra doce e linda ilusão...
   Sorvete de Pitanga
     Bom, depois dos errinhos iniciais curti muito o Rio, foi uma visitinha rápida e à "trabalho", mas deu pra andar em Ipanema, ver um filme no Leblon, pegar ônibus na Gávea, e aproveitar o friozinho do Jardim Botânico, que eu tanto gosto!
  
     Sexta foi o dia da chagada, melhorar do pós-formatura e ir apenas na sorveteria Mil Frutas, no Jardim Botânico mesmo, com as mulheres da família - mãe, tia e prima-irmã.


Devassinha Ruiva
 
        Sábado na hora do almoço saímos de casa pra resolver umas coisinhas e depois perambulamos por Ipanema, parando para almoçar no Armazém Devassa, e é CLARO que apreveitei para provar a Devassinha Ruiva (sim gente era esse o nome que tava no cardápio)!  

  Depois fomos, eu e mamãe, andando até o Shopping Leblon assistir um filminho chamado: Minhas Mães e Meu Pai, com Julianne Moore e Mark Ruffalo. 
Mami no Gula-Gula
    

     No domingo almoçamos juntas no Gula-Gula, um restaurante super leve, cheio de saladinhas e com um ambiente acolhedor. Para uma tarde de domingo terminamos o fim de semana passeando pelo Jardim Botânico mesmo, e pedindo uma pizza pelo telefone a noite.
 

Armazém Devassa

Hoje pegamos o pássaro de aço de volta à terrinha e deixamos a cidade maravilhosa, com a certeza do retorno!


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bal // Um Doce Olhar - Resenha Crítica

      O que esperar de um filme gravado num país de tradições tão diferentes das nossas? Foi exatamente o que me perguntei quando, ao sair de uma sessão de curtas do Dia Internacional de Animação, me deparei com um poster deste filme. Já em casa, procurei saber um pouco do enredo da obra, e tive mais vontade ainda de conhecer a vida daqueles personagens. Bal significa, em turco, Mel, do diretor Semih Kaplanoglu, foi lançado em Agosto de 2010.

Bal - Em português: Um doce olhar.

      O filme é silencioso, e segue um ritmo próprio. Foge completamente das propostas que são exibidas em circuito comercial. A intrigante história se passa na Turquia, num região montanhosa, onde Yakup, o Pai, é um apicultor que vive escalando enormes árvores para cuidar de suas colméias, o pequeno Yussuf o acompanha sempre que pode, e a mãe trabalha na colheita de folhas para chá. A vida é simples e bucólica, sendo resumida a trabalhar, comer e dormir.
      Yussuf tem provavelmente 7 anos e está na escola aprendendo a ler. Em casa, mesmo com um certo gaguejar, ele já consegue ler frases inteiras, mas ao chegar na sala de aula, fica tão nervoso, que termina sendo o último a ganhar um broche vermelho, que significava ter completado essa etapa do aprendizado. Yussuf é um garoto calado e um pouco levado, nada diferente dos demais de mesma idade. Sempre enxergou em seu pai um amigo, um "explicador das coisas do mundo", um herói e um orgulho. Sua mãe é uma moça jovem e simples, muito doce e gentil, mesmo quando ele a desebedece e não toma o diário copo de leite...
      O filme tem uma fotografia exuberante, estando muito presente a floresta, as flores, e animais. A casa de madeira de Yussuf é bastante colorida por dentro, na decoração estão presentes sempre estamparias florais. Os sonhos são outra característica marcante da trama, tratados de forma tão bonita e especial, que apenas podiam ser sussurados de um para o outro.
      Com a escassez de mel nos arredores o pai de Yussuf, Yakup decide se afastar um pouco mais para tentar encontrar abelhas. Ele começa a demorar demais para regressar. Yussuf percebe a tristeza de sua mãe e como forma de tentar agradá-la, realiza uma das cenas mais belas do filme: a mãe está olhando chorosa e triste para o lado quando então, para tentar melhorar seu ânimo, o filho bebe todo o leite do copo, pois isto certamente a deixaria feliz, não fossem as circunstâncias do momento... No mesmo dia ao chegar da escola, logo depois de ter ganho o tão sonhado broche vermelho, Yussuf e nós, acabamos por descobrir que Yakup havia realmente caído de uma árvore e estava morto, como havia sido mostrado em partes durante o filme(na primeira cena e em um dos sonhos de Yussuf).
      Muito atordoado com a notícia Yussuf perambula pela floresta sem rumo certo, e termina adormecendo numa raiz gigante de uma árvore centenária. Temos aí um final esteticamente belo (o pequeno menino em meio a raízes enormes) e silencioso, bem como todo resto do filme.
      Com 1:43 de duração, nos faz refletir sobre como é frágil, efêmera e simples a condição humana. Com praticamente nenhuma música é regido pelos sons da natureza e pelos poucos diálogos. Apresenta tomadas que oscilam entre o claro e o escuro e ângulos muito interessantes, como o de uma poça de lama refletindo a cena toda. Este é um filme literalmente para ser Visto e Sentido!
      Yussuf e seu intérprete, Bora Altas, definitivamente entraram para o meu hall de personagens queridos.